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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dólar acima de R$ 2 veio para ficar, diz ministro Mantega


Do UOL, em São Paulo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (23) que o câmbio está em uma "condição razoável", mas não "satisfatória" para as necessidades da economia do país, e que "o dólar acima de R$ 2 veio para ficar."
Em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o ministro afirmou que as exportações de manufaturados já começaram a se recuperar, embora o cenário internacional esteja ruim. "Nós só vamos ver isso quando houver uma melhora do cenário internacional, aí que esse câmbio vai mostrar sua eficiência", acrescentou.
Logo após suas declarações, o dólar acelerou a alta, chegando à máxima de R$ 2,118 na venda. Pouco depois, no entanto, o Banco Central anunciou um leilão de swap cambial tradicional --que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro--, fazendo com qua a moeda norte-americana passasse a cair, voltando a ficar abaixo de R$ 2,10.

Exportações brasileiras

O dólar mais alto favorece sobretudo as exportações brasileiras e, desde meados deste ano, o governo tem trabalhado para que a moeda fique acima de R$ 2. Uma banda informal acabou sendo construída na percepção do mercado, entre R$ 2 e R$ 2,10. O piso, pelo menos, foi explicitado pelo ministro nesta manhã. "Nós já temos quatro ou cinco meses com câmbio acima de R$ 2, de modo que veio para ficar", disse.
Mas o mercado começa a questionar a ponta de cima. O presidente da CNI, Robson Andrade, também presente no evento, disse que achou positiva a fala do ministro e que a competitividade da economia brasileira depende bastante do câmbio.
"Isso é positivo, agora, a gente sabe que o dólar é flutuante", disse Andrade, acrescentando que a moeda norte-americana deveria estar perto de R$ 2,50, levando em consideração o patamar de 2005.

Política expansionista

Mantega disse também que a inflação está sob controle, o que possibilita a continuidade de uma política monetária mais expansionista, diante de uma situação internacional que não deve melhorar em 2013.
Desde agosto de 2011, o BC fez sucessivas reduções na taxa básica de juros, a Selic, levando-a para o atual patamar de 7,25% ao ano, que deve permanecer até o final de 2013 segundo expectativa dos agentes econômicos.
Mantega afirmou ainda que a prioridade do governo é estimular o investimento e que, para 2013, a expectativa é de que ele crescerá 8%. Para ele, o país tem condições de crescer acima de 4% ao ano, acrescentando que, no terceiro e quarto trimestres deste ano, o avanço na margem será de cerca de 1,2% e 1,1%, respectivamente.
O ministro defendeu a antecipação das concessões no setor de energia elétrica, que trará reduções nos preços das tarifas, como uma forma de diminuir os custos em toda a cadeia produtiva, incluindo serviços e comércio.

Cenário externo

Alguns fatores influenciaram a alta do dólar no cenário externo nos últimos dias. O principal foi o medo dos investidores. Com a situação econômica instável nos Estados Unidos e na Europa, os investidores acabam tirando investimentos dos países emergentes. "Quando os investidores veem a perspectiva de problemas, tiram dinheiro do Brasil”, diz Fernando Bergallo, da TOV Corretora.
Em outubro, por exemplo, a balança comercial do país registrou a maior saída de dólares desde 2010. “Quando há pouca entrada ou muita saída de dólares em um país, a cotação da moeda tende a subir. Com menos dólares no país, passa a valer a lei da oferta e demanda, e o preço sobe”, afirma.
(Com informações de Valor e Reuters)

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